RETROSPECTIVA 2018: Ano de muitas mudanças para os aeroviários no Salgado Filho

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A começar pela gestão dos terminais, que passou para o comando da Fraport, 2018 foi um ano de muitas mudanças no Aeroporto Internacional de Porto Alegre. E não foi um ano fácil para a categoria aeroviária.

Ainda em janeiro, um trabalhador da Dnata foi atingido por um raio enquanto estava carregando o porão de uma aeronave. Esse tipo de acidente de trabalho, ocorrido durante o mau tempo na capital gaúcha, já causou inclusive vítimas fatais, o que preocupa o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre. A Fraport e a Dnata, porém, afirmaram na época que prestaram todo o socorro ao trabalhador e proveram o acompanhamento necessário.

O problema da falta de novas estruturas foi uma pauta muito frequente durante todo esse ano, desde o mês de janeiro. Dentre esses problemas, a falta de banheiros e vestiários para os trabalhadores da Pista é uma das grandes questões a serem resolvidas pelas empresas. As estruturas existentes estão em mau estado de conservação e não recebem a manutenção adequada, já a possibilidade da construção de novas áreas depende de iniciativa das empresas áreas. Está é a sinuca enfrentada pelo aeroviário da Pista. A Fraport alega que para construir novas estruturas precisa receber o pedido das empresas e estas não tomam iniciativa para melhorar as condições para os trabalhadores. O Sindicato continuará cobrando das empresas, em nível regional e nacional, e estuda que ações podem ser tomadas para melhorar a situação.

Situação dos banheiros dos terminais alcançou níveis alarmantes de falta de higiene e manutenção. (Sindicato)

Problemas como a colocação de bebedouros e a melhor manutenção de banheiros que são divididos entre trabalhadores e passageiros foram solucionados pelas empresas e pela Fraport após consecutivas reuniões e denúncias por parte da entidade sindical.

Mas com toda certeza, a maior demanda dos aeroviários do Salgado Filho é um problema que ainda não foi resolvido. A falta de um estacionamento com preços acessíveis e com segurança foi pauta de ações do Sindicato durante todo o ano. Desde fevereiro o Sindicato busca alguma solução junto à Fraport, mas somente em outubro, a gestora afirmou que nada fará para solucionar a questão e que trata-se de responsabilidade das empresas.

Um abaixo-assinado com mais de seiscentas assinaturas foi entregue para às empresas aeroviárias através do presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) no mês de agosto. Este mesmo abaixo-assinado, pedindo por estacionamento e segurança, também foi entregue para a Fraport e para o tenente-coronel Douglas da Rosa Soares, comandante do 11° Batalhão de Polícia Militar. Através de uma reunião com o comandante, também em agosto, o Sindicato conseguiu estabelecer um canal de comunicação direta com a Brigada Militar, facilitando a entrega de boletins de ocorrência e facilitando também a denúncia de problemas na segurança dos terminais.

Contato direto com a Brigada Militar é uma conquista da entidade. (Sindicato)

Até aqui, são muitos esforços mobilizados em uma campanha que atingiu a mídia e diversos setores do poder público. Em 2019, o Sindicato buscará sanar de uma vez por todas o problema da falta de estacionamento para trabalhadores do Salgado Filho.

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