Campanha salarial continua em 2016

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As negociações com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), realizadas pelos sindicatos cutistas de aeroviários, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e a Fentac/CUT, visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mais uma vez, não puderam ser concluídas até a data-base (1º/dez) e avançarão para o mês de janeiro de 2016. 

Na última rodada de negociação, em 17 de dezembro, os trabalhadores rejeitaram a proposta de reajuste zero (sem reposição da inflação, ou aumento real) feita pelas empresas, que propuseram apenas dois abonos salariais (um de 7%, se o dólar cair para R$ 3,50; outro de 4%, se for aprovado um projeto de lei que estabelece teto de 18% para o ICMS incidente sobre o QAV).  As aéreas propuseram estabilidade no emprego “até o pagamento dos abonos” e “disposição” para debater as cláusulas sociais. Ou seja, nada de concreto. Por essa razão, os sindicatos rejeitaram a proposta na mesa de reunião.

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(Divulgação Fentac/CUT-MidiaConsulte)

As negociações serão retomadas em 14 de janeiro. Antes, no dia 7, serão realizadas assembleias de trabalhadores. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu prazo até 22/1 para que as negociações sejam concluídas.

Cabe ressaltar que os estudos do Dieese apontam que as aéreas, mesmo em um cenário de crise, têm condições de melhorar a remuneração dos funcionários. E as próprias companhias declararam, em entrevista, que o número de operações em 2015 deve ser o mesmo de 2014. Um estudo do governo também revela que há 252 cidades brasileiras com potencial para crescimento de voos. E não podemos esquecer que 2016 é o ano das Olimpíadas no Brasil. Assim, as empresas podem crescer e não precisam sangrar os trabalhadores ou achatar seus salários.

Os sindicatos de trabalhadores não vão convocar greve em 2015, para não prejudicar os passageiros nas festas de fim de ano, mas ela não está descartada no ano que vem.

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