Para a Fentac/CUT, o momento é de cautela, até que o memorando seja acessível aos trabalhadores. O fato de o processo depender de
análise dos acionistas de ambas companhias, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), reforça essa posição. 
 
Para vários analistas, segundo matérias na imprensa, a fusão é na verdade uma compra maquiada para atender às normas vigentes brasileiras, que limitam o capital estrangeiro nas companhias aéreas nacionais em 20%. A TAM e a LAN também podem estar contando com uma mudança na legislação, devido aos projetos que estão em pauta no Congresso Nacional, visando a ampliação do capital estrangeiro nas companhias aéreas.
 
No dia 24, os sindicatos cutistas reuniram-se com diretores da TAM e não conseguiram obter mais informações sobre a fusão.
 

Política antissindical é marca da LAN
 
No dia 26, dirigentes da Fentac/CUT e dos sindicatos cutistas participaram de reunião com sindicalistas argentinos e chilenos e diretores da ITF, para debater a fusão.
 
Os sindicalistas estrangeiros relataram a postura extremamente antissindical da LAN, que destaca-se pela capacidade de desmontar as organizações sindicais que representam seus funcionários e precarizar as condições de trabalho. Eles também revelaram que a estratégia de ampliação da empresa tem sido comprar companhias em outros países, para então fechá-las e abrir uma nova empresa com o nome LAN.
 
A ITF têm um grupo chamado Projeto LAN criado justamente para combater a política antissindical da companhia. Em outubro, os sindicatos brasileiros participarão da reunião do grupo, que será realizada na Argentina. As entidades também preparam uma carta aberta em defesa dos direitos dos trabalhadores.
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