Aeronautas e aeroviários de Guarulhos realizam assembleia nesta sexta

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O movimento grevista na Gol surgiu no final de julho, na base, fruto da insatisfação com os baixos salários, excesso de jornada, falta de profissionais para dar conta da demanda e descumprimento da regulamentação em relação à escala. Os trabalhadores também reivindicam plano de saúde, previdência privada e plano de carreira.

Diante da ameaça de greve, o Ministério Público do Trabalho de São Paulo chamou as partes para audiência, realizada no último dia 9. Durante a reunião, foram reafirmados os problemas com excesso de jornada, assedio moral, defasagem salarial e terceirização de atividades sem o cumprimento da legislação que regulamenta a profissão dos aeroviários ou a CCT da categoria. As entidades também ressaltaram a consequência do intenso cansaço, privação de sono e descanso dos aeronautas: comprometimento da segurança de voo.

O SNA vinha negociando com a Gol o respeito à jornada regulamentar da categoria. Até que nos dias 31 de julho a 4 de agosto, centenas de voos da companhia sofreram atrasos ou foram cancelados, gerando confusão nos principais aeroportos do país. A Gol diz que os problemas foram fruto de uma falha no software de gestão da carga horária da tripulação. A expectativa do SNA era de que a partir desse ajuste as escalas fossem respeitadas como manda a lei.

Na audiência, os representantes da Gol/VRG alegaram cumprir a jornada regulamentar de 85 horas mensais dos aeronautas e que tiveram um problema pontual entre os dias 15 e 30 de julho, durante a implantação da escala. Disseram ainda ignorar as situações descritas pelos sindicatos e que não podem comprometer-se em cumprir a escala regulamentar e a convenção coletiva dos funcionários devido às multas.

Assim, o impasse entre trabalhadores e empresa ficou mantido até a próxima audiência, agendada pelo MPT-SP para 20 de agosto, às 14h30min. Além de mediar a negociação entre as partes e colher provas, o órgão deve tomar, em sigilo, depoimentos de trabalhadores.

Nesta quarta-feira (11/8), o Sindicato Nacional dos Aeroviários e a Gol/VRG reúnem-se para debater as reivindicações da categoria. “Enquanto [os trabalhadores]reivindicarem uma paralisação, nós apoiaremos”, declara Selma Balbino, presidente da entidade.

 

PORTO ALEGRE – O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre está atento a todo o desenrolar dessas negociações e aberto às denúncias e reivindicações dos trabalhadores, para levá-las à empresa, ou ao Ministério Público do Trabalho.

Em Porto Alegre, os principais problemas enfrentados na Gol e Varig são a sobrecarga e a falta de mão-de-obra.

Todos os sindicatos cutistas do setor e a Fentac/CUT estão atentos ao movimento, buscando negociar com as empresas as reivindicações dos trabalhadores e irão apoiar a decisão das categorias nas assembleias, visando a garantia de direitos e melhores condições de trabalho.

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