O texto foi deliberado em reunião de planejamento das entidades, realizada no dia 25 de agosto, em São Paulo. No encontro, estiveram presentes representantes dos seis sindicatos que compõe a Fentac/CUT, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte (CNTT/CUT), dos sindicatos patronais das empresas aeroviárias e de Táxi Aéreo e da Associação de Tripulantes da TAM.
A análise das entidades é de que as medidas impostas pela Anac, com o aval do ministro da Defesa, Nelson Jobim, promoverão a desnacionalização da aviação civil no país e o fim ou redução dramática das operações das empresas aéreas brasileiras. Como conseqüência, milhares de postos de trabalho poderão ser extintos e a soberania nacional será comprometida. O transporte de passageiros e cargas, neste cenário, ficará a cargo das empresas estrangeiras, com esmagadora capacidade de concorrência, tanto no mercado internacional, quanto no doméstico, devido ao projeto de permissão total para as empresas estrangeiras praticarem a cabotagem no Brasil.
Os sindicatos defendem a revogação das medidas da Anac e a criação de uma legislação moderna, capaz de gerar um ambiente sadio para o surgimento, a manutenção e o crescimento das empresas aéreas brasileiras. E denunciam as políticas neoliberais da Anac e Ministério da Defesa em um governo eleito pelo voto popular com um discurso contrário à privatização. Uma das medidas da Agência é a privatização ou concessão dos aeroportos brasileiros, o que também é contestado veementemente pelas entidades sindicais de trabalhadores.