Sua participação é que dá sentido à nossa entidade

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Os aeroviários de Porto Alegre, há vários anos, tem deliberado pelo pagamento da contribuição assistencial equivalente a duas parcelas de 1% sobre os salários.

Ela só é descontada depois da aplicação do reajuste conquistado com a campanha salarial. Este ano, os sindicatos cutistas de aeroviários, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e a Fentac/CUT, em campanha unificada, conseguiram garantir um reajuste de 6,5% sobre os salários (com um aumento real de 0,3%), e um reajuste de 10% sobre os pisos e demais itens econômicos da Convenção Coletiva de Trabalho (com aumento real de 3,6%).

Os recursos obtidos com a contribuição assistencial dão conta das despesas com a campanha (como o pagamento dos materiais gráficos e faixas), com a organização dos protestos, passeatas, atos (a maioria realizada no Rio de Janeiro e São Paulo), assim como dos custos para os dirigentes sindicais participarem das reuniões com o sindicato patronal, no Rio.

100% de democracia

Além de definida e aprovada em assembleia, a contribuição assistencial é ratificada em outra assembleia durante a campanha.

Por isso, podemos afirmar que a contribuição assistencial é 100% democrática. E todos são convocados e convidados a decidi-la, assim como são em relação às demais ações promovidas pelo Sindicato.

Infelizmente, a participação dos trabalhadores nas assembleias tem sido cada vez mais tímida e isso é muito ruim para o sindicato e para a categoria. Parece que são poucos os que querem participar das discussões em defesa dos interesses coletivos. Mas todos se beneficiam das conquistas do Sindicato, seja o aumento salarial, seja a solução de irregularidades promovidas pelas empresas (que atrasam pagamentos de salários e 13º, descuidam da segurança do Trabalho, demitem sem pagar o que devem, terceirizam vários postos de trabalho, não pagam adicional de periculosidade e insalubridade, promovem assédio moral, não garantem condições de higiene e alimentação adequada etc.).

O Sindicato também luta pelos direitos dos aposentados e pensionistas e dos trabalhadores da ativa que contribuíram com o Aerus e Aeros.

As empresas querem um sindicato fraco

Para as empresas, esse afastamento do trabalhador em relação ao sindicato é muito bem-vindo. Quanto menos o trabalhador estiver consciente do seu papel como parte de um coletivo, de uma categoria profissional, mais fácil para a empresa ludibriá-lo, pressioná-lo, desrespeitar seus direitos. Esse individualismo é tudo o que a empresa quer para que somente ela tenha influência sobre o trabalhador. Já a influência do Sindicato não é “da entidade”, mas do todo, da categoria. E é da categoria que o trabalhador está abrindo mão quando deixa de participar do sindicato e entrega sua carta de oposição à contribuição assistencial.

As empresas se regozijam quando isso acontece. Elas escondem que os direitos dos aeroviários foram conquistados com luta. Apresentam eles como “benefícios”. E estimulam os trabalhadores a não participarem do sindicato, alertando para os “riscos de eles se queimarem”, estimulando as cartas de oposição, até mesmo liberando os funcionários para entregarem o documento na sede do sindicato. Porque elas fazem isso? Porque o sindicato incomoda. Ele exige o cumprimento das leis trabalhistas, da CCT, ele pressiona as empresas a dividirem seus lucros, pagarem aumento real nos salários, aumentarem os pisos. Não é isso que acontece todos os anos? Seria assim sem a atuação combativa dos sindicatos do setor aéreo?

Os pelegos não querem nada

Os sindicatos ligados a Força Sindical, este ano (e nos anteriores), aceitariam um reajuste igual ou até menor à inflação. São os sindicatos cutistas que pressionam por mais aumento, com o apoio de trabalhadores conscientes e engajados por melhorias para a categoria. Eles deveriam ser em maior número, se houvesse mais consciência. Apelar para os problemas que possam existir, em uma crítica essencialmente destrutiva, que não aponta alternativas, é dar um tiro no próprio pé. Quanto mais isolado for o trabalhador, mais enfraquecida é a sua profissão, menos chances tem a maioria diante do poder econômico das empresas.

É a categoria que faz o sindicato forte

Os médicos e os advogados são um grande exemplo nesse sentido. São extremamente conscientes e defendem com unhas e dentes sua profissão e categoria. Ninguém critica eles por isso. Está na hora dos aeroviários resgatarem seu orgulho pelo que fazem e entenderem que o sindicato é o espelho dessa consciência, que pode haver ou faltar.

Sindicato forte garante muitas vitórias. Sindicato esvaziado é frágil e sua categoria pode perder tudo que conquistou. A todos que contribuíram esse ano fica o agradecimento da direção do Sindicato. E a todos, indiscriminadamente, fica o convite para participarem das próximas assembleias, dos eventos, das lutas, e para informarem-se através do nosso site, do Aerofolha, sobre as ações da entidade.

Que em 2012 tenhamos mais atitude, sejamos mais construtores do nosso futuro e pensemos mais no coletivo. Para isso, não precisamos esquecer dos nossos anseios individuais e familiares. É possível conciliar carreira, família e participação sindical. Fortalecer o sindicato é uma tarefa de cada um e vale a pena, pois significa defender nossa profissão diante das enormes mudanças que o mundo vive, para que todos nós tenhamos um futuro próspero, que dê orgulho, que valha a pena.

Além de contribuir com o assistencial, é importante que você, trabalhador, filie-se ao sindicato. Fiiado, você poderá usufruir das assessorias, participar das festas, obter descontos com nossos conveniados e, acima de tudo, estará garantindo a manutenção da entidade. O sindicato é seu, aeroviário(a), e o destino da nossa profissão está em suas mãos.

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