Quem ama não mata, não humilha e não maltrata. Com palavras de ordem como essa, mulheres vêm lutando há décadas, no Brasil, por mais igualdade e justiça. Protestos contra o feminicídio (o homicídio de mulheres pelo simples fato de serem mulheres) têm crescido em toda a América Latina, e a luta se dá pelo fim da violência e da discriminação de gênero e por diversas outras pautas de cunho social.
Questionar o machismo é lutar também contra qualquer tipo de preconceito, contra o modelo capitalista patriarcal e racista. É garantir a voz e o direito real das mulheres de ocuparem cargos públicos, serem líderes, trabalharem no que sonham, viverem com liberdade e respeito ao seu corpo e sua mente, sem necessidade nenhuma de seguir padrões de feminilidade ou beleza.
O 8 de março foi escolhido como um dia de luta por todas essas causas. Se hoje vemos um crescente aumento da participação das mulheres em cargos de chefia e nas universidades, não podemos deixar de perceber que ainda há muita desigualdade a ser enfrentada, rumo a uma cultura não machista, a um mundo onde a mulher não seja tratada como inferior, objeto ou posse.
Na aviação brasileira, há décadas as mulheres lutam para garantir igualdade de oportunidades e tratamento. Se no passado as mulheres figuravam principalmente como aeromoças, sempre jovens, magras, altas e belas, ou ficavam escondidas em áreas burocráticas, hoje vemos a presença da mulher em todos os setores, atendendo nos check-ins, atuando na segurança, na mecânica de aviões, na gestão dos aeroportos, no atendimento aos passageiros. Aeromoças viraram comissárias e comissários de bordo e já temos várias pilotos de avião. Mas o assédio e o machismo entre colegas, superiores, e partindo dos próprios passageiros ainda é um obstáculo a ser enfrentado, com a mesma garra com que as mulheres vêm lutando há tanto tempo, até que nenhuma mulher seja subjugada.
Clique na capa do jornal para acessá-lo na íntegra
Fentac/CUT reedita material para o 8 de março
Englobando outras categorias a comunidade da aviação, como as aeroportuárias, a Fentac/CUT relançou sua cartilha “Mulher na Aviação”.
A cartilha trás direitos garantidos pelas duas categorias, aeroviária e aeroportuária, uma retomada história das lutas, dicas de saúde e sobre a reforma da previdência.
Clique na imagem para acessar a cartilha:
