Anac, Infraero, Polícia Federal e órgãos responsáveis pela segurança de voo também não se pronunciaram sobre o incidente, e nenhum trabalhador foi chamado para prestar depoimento. “Parece que nada foi feito para evitar que a situação se repita, colocando em risco tripulantes e passageiros”, ressalta a direção do Sindicato.
A entidade está há meses buscando uma reunião com a direção nacional da TAM, sem obter retorno da empresa.
BALIZA – Depois um acidente envolvendo uma funcionária da limpeza, que foi jogada longe quando passava próximo à turbina de um avião, funcionários do Safety da TAM em São Paulo estiveram em Porto Alegre para analisar o caso.
Eles demonstraram surpresa ao saber que os trabalhadores da limpeza estão realizando o balizamento das aeronaves da TAM e afirmaram que esse procedimento é irregular, apesar desses trabalhadores terem feito cursos de capacitação por ordem da gerência.
O Sindicato constatou que apenas a TAM está fazendo a baliza desta forma, pois as demais companhias continuam utilizando os serviços da Infraero. Ao que tudo indica, essa decisão da TAM é local e no resto do país o balizamento das suas aeronaves também é feito por aeroportuários.
A Infraero disse simplesmente que os trabalhadores fizeram o curso e cabe à TAM decidir sobre o procedimento.
O Safety da TAM também orientou a realização de cursos de segurança em Porto Alegre, mas o gerente local não libera os trabalhadores devido à falta de mão-de-obra e de contratações.
O Sindicato já denunciou o problema ao Ministério Público Federal e aguarda designação de audiência.
QUEBRA DE CAIXA – Nas lojas da TAM, outro grave problema afeta os aeroviários que atuam no caixa. Apesar de não receberem adicional salarial por quebra de caixa, eles são obrigados a completar com dinheiro do próprio bolso o caixa da loja se houver diferença. A situação é irregular e fere os direitos desses trabalhadores. Os supervisores e a gerência, no entanto, praticam assédio moral contra os funcionários que reclamam. O Sindicato irá tomar providências.