Com a chegada do mês de setembro chega o convite para que façamos uma reflexão coletiva sobre a importância de manter a saúde mental e emocional. Na categoria aeroviária, essa reflexão é tão fundamental quanto em qualquer outro campo, afinal, a responsabilidade e a seriedade do que é executado diariamente por esses trabalhadores e essas trabalhadoras é inestimável. E para quem tanto carrega sobre os ombros, é de suma importância que pedir ajuda seja normalizado.
Segundo dados apresentados pelo G1 e apurados pelo Ministério da Previdência Social, o país registrou um recorde nada positivo em 2024. Com relação ao ano anterior, 2024 registrou um aumento de 68% em afastamentos por questões de saúde mental, somando um total de 472.328 mil casos.
Quase meio milhão de afastamentos por saúde mental são também um reflexo do atual mundo do trabalho, que precariza e ainda provoca sobrecarga em seus trabalhadores. E essa situação sempre pode estar mais próxima de nós do que imaginamos.
Outro assunto muito delicado que envolve a saúde mental é o suicídio. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgados pela Agência Brasil, são 14 mil casos todos os anos, com 38 pessoas tirando a própria vida por dia, além de 30 internações diárias por tentativas de suicídio.
Assim como outras questões de saúde mental, o suicídio é uma questão sobre a qual precisamos conversar sobre. É muito comum que pessoas que estejam atravessando períodos difíceis em suas vidas pensem que estão só, ou que não existe saída, mas seja com o profissional da saúde ou através do Centro de Valorização da Vida disponível no telefone 188, a ajuda existe e está aí para ser utilizada.
Por essa invisibilidade das questões de saúde mental no trabalho é que o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre reforça a importância dos trabalhadores se posicionarem, denunciando ambientes adoecedores dentro das empresas.
Porém, o principal, reforça a direção do Sindicato, é que trabalhadores e trabalhadoras busquem ajuda quando necessário. Seja através de convênios médicos ou do Sistema Único de Saúde (SUS), é importante que, quando fragilizado e precisando de ajuda, o aeroviário ou aeroviária vá atrás e busque o auxílio profissional e capacitado.
Não há demonstração maior de força do que o autocuidado e o carinho por si mesmo, portanto, não procure demonstrar resiliência sofrendo em silêncio, resista, mas através da ajuda que você pode buscar!