Após diversas solicitações do Sindicato, Presidente Gláucia Loureiro falou diretamente com os aeroviários
Uma das principais pautas da diretoria do Sindicato nas reuniões com a presidência da TAP ME é a comunicação direta aos trabalhadores da empresa. Nesta terça-feira (17), às 10h, isso finalmente aconteceu.
A presidente falou no Hangar 4 para o que estima-se ser quase a totalidade dos trabalhadores do turno diurno. Em sua fala, a presidente pediu união e ajuda para os trabalhadores e esclareceu pontos polêmicos que são alvo de boatos nos corredores da empresa, e entre eles, alguns bastante significativos. A má qualidade do som, porém, dificultou o entendimento do que foi falado.
A terceirização, segundo a presidente, vai acontecer em setores de apoio da TAP ME. Para o Sindicato, a terceirização afeta diretamente a segurança de voo e também a segurança dos trabalhadores. Ainda para o Sindicato, “a terceirização diminui salários e direitos, sucateia a mão de obra e a qualidade do serviço prestado pela empresa”.
Outro ponto bastante importante foi a fala da presidente sobre o Plano de Demissão Voluntária (PDV) do Rio de Janeiro. Segundo ela, o PDV naquela base foi um desastre, já que acarretou na perda de algumas certificações internacionais de extrema importância para a empresa. Segundo ela, o resultado catastrófico deste PDV para a empresa foi um dos motivos pelos quais este não aconteceu em Porto Alegre, já que a direção da empresa tem interesse em manter a base operante e certificada. Para a presidente, os desligamentos em Porto Alegre buscaram não comprometer a operação da TAP ME. Sobre estas demissões, o Sindicato lamenta qualquer demissão e ressalta a importância para as famílias do acordo conquistado para os demitidos, com benefícios de 4 salários, plano de saúde, dentário e passagens por 5 anos, além das verbas rescisórias.
A presidente também confirmou que muito da situação atual da TAP ME se deve a uma entrevista concedida por um trabalhador brasileiro em Portugal, que acabou gerando cobranças ao presidente da TAP Portugal da época, Fernando Pinto. Segundo ela, essa entrevista provocou o fim dos repasses de verba para o Brasil, tornando urgente o processo de restruturação/demissões.
O Sindicato ressalta a importância da ocasião, onde trabalhadores puderam esclarecer pontos importantes para a manutenção dos empregos na base de Porto Alegre. A entidade continuará realizando seu trabalho, buscando melhorias de condições de trabalho, de saúde e segurança para os trabalhadores. O Sindicato também lamenta que alguns oportunistas preocuparam-se mais em fazer política rasteira ao invés de discutir graves problemas da empresa.