A campanha salarial unificada de aeroviários e aeronautas já começa com as negociações emperradas. As empresas sempre alegam prejuízos, crises, alta do dólar, para tentarem se esquivar ao máximo da discussão sobre um índice justo de correção salarial.
Na primeira rodada de negociação, realizada nos dias 20 e 21 de outubro, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) apresentou um estudo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) para fundamentar essa tese.
Os trabalhadores, no entanto, estão preparados para contestar esses números, amparados por estudo setorial do Dieese. Os dados serão apresentados na segunda rodada, que acontece em 10 de novembro, e ressaltam o crescimento da aviação no país e a capacidade das empresas de remunerar melhor seus funcionários, garantindo a inflação e o aumento real nos salários, pisos e benefícios.
Aeroviários e aeronautas lutam por reajuste de 15% nos salários e de 20% nos pisos salariais, vales e diárias.
A recente campanha salarial dos bancários, que contou com 21 dias de greve e garantiu à categoria 10% de reajuste salarial, participação nos lucros e 14% de aumento nos tickets é um exemplo de que, com unidade e coragem, os trabalhadores podem alcançar um aumento justo. A primeira oferta dos banqueiros foi de 5,5%.