Apesar das punições, AirSpecial continua assediando os APACs

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O Sindicato já denunciou inúmeras vezes a situação absurda sofrida pelos Agentes de Proteção (APACs) que trabalham na AirSpecial, terceirizada da Infraero.

A empresa assedia os trabalhadores para que realizem curso de capacitação fora do horário de expediente, sem pagar hora extra, vale-transporte ou vale-refeição.

E aqueles que não passam nas provas, ou que se negam a participar dos cursos, são ameaçados de demissão por justa causa. Em nenhuma outra profissão o trabalhador que realiza curso de reciclagem perde seu certificado e o direito a exercer sua função. Os APACs sim.

E por trás disso, foi criado todo um mercado de cursos para agentes de proteção, no qual centenas de pessoas que querem ingressar na aviação participam, além dos trabalhadores já empregados, gerando renda para empresas como a AirSpecial, que realiza esses cursos.

O resultado é uma rotatividade enorme, uma insegurança generalizada e a precarização das condições de trabalho e do serviço prestado à população que usa o transporte aéreo.

Apesar das várias denúncias do Sindicato, que já resultaram em multas à AirSpecial por parte da Superintendência Regional do Trabalho (antiga DRT), a situação permanece a mesma. Infraero, Anac, Judiciário já foram alertados, mas nenhuma resposta efetiva foi dada aos trabalhadores.

A AirSpecial também está realizando trocas de turno dos funcionários e obrigando a venda de dez dias de férias sem prévio acordo.

O Sindicato alerta que não homologa demissões por justa causa quando não há motivo para a justa causa. A entidade vem atuando há muitos meses na luta para reverter esse abuso junto a todos os órgãos competentes e está ao lado do trabalhador em busca de uma mudança.

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