PPR da TAM já nasce torto

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A proposta foi apresentada com atraso pela empresa, dificultando qualquer esforço dos funcionários em atingir as metas.

Além disso, as metas são impostas sem nenhum debate com os trabalhadores, e os integrantes da comissão constituída para avaliar o PPR vem sendo assediados individualmente pela chefe do RH de Porto Alegre e assessora de Relações Intersindicais, para que aprovem a proposta.

Com essa atitude, a empresa passa por cima da comissão contituída para reunir-se de forma coletiva e dar uma posição dos trabalhadores sobre o PPR.

As outras duas metas (satisfação do cliente e pontualidade) são subjetivas e pouco claras, e seus resultados não dependem diretamente da atuação dos funcionários, pois a infraestrutura aeroportuária e fatores externos como o clima poderão impactar enormemente nos resultados.

A direção do Sindicato avalia que o PPR da TAM reflete a postura da empresa com os trabalhadores: pouco democrática, antissindical, truculenta, irresponsável (falta vestiário, uniforme, refeitório), demonstrando um enorme desrespeito com os colaboradores e seus esforços em fazer a empresa crescer. Esse cenário ruim na TAM já foi comprovado pelo Ministério Público, que deu início a um inquérito para apurar as inúmeras irregularidades cometidas pela empresa.

Falta compromisso social, ética e transparência na TAM, e o Sindicato vai continuar na luta para mudar essa situação. A fusão da TAM com a LAN vem trazendo novos prejuízos, pois deu início a terceirizações de setores (como o de carga) e demissões. Os trabalhadores podem apoiar a luta do Sindicato dizendo não ao PPR, que oferece no máximo migalhas. Ao dizer não ao plano, estarão dizendo que não aceitam mais o desrespeito da TAM e querem mudanças para melhor nas condições de trabalho. Todos devem ficar atentos aos seus direitos e denunciar irregularidades, para que o Sindicato possa encaminhá-las aos órgãos competentes.

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