O acordo foi firmado com a Gol/VRG pelo Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo. O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos não firmou o acordo e, portanto, os trabalhadores dessa base também devem ser pagos, ou ter suas horas compensadas, como rege a CCT. Os quatro sindicatos cutistas de aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas não firmaram acordo com a Gol/VRG e são contrários a esse tipo de proposta, especialmente quando as empresas encontram-se em boas condições financeiras – comprando inclusive outras empresas do mercado, como a Webjet.
Para as entidades cutistas e a Fentac/CUT, o acordo firmado pelo Saesp, aprovado pelos trabalhadores de São Paulo através de plebiscito, foi uma traição desse Sindicato com a categoria. Em períodos de grande crise financeira, a fim de evitar demissões em massa, e somente por essa razão, os sindicatos cutistas entendem que esse tipo de proposta deva ser avaliada, e somente através de assembleia extraordinária específica, amplamente divulgada, dando plenas condições à categoria de deliberar sobre o acordo.
O acordo firmado pelo Saesp, no entanto, não seguiu esses princípios e gerou extrema insegurança nas bases em todo o país, fragilizando os trabalhadores. Já há denúncias, inclusive, de que a Gol/VRG esteja orientando trabalhadores de outros estados sobre o banco de horas.
A Fentac/CUT irá encaminhar notificação extrajudicial à empresa a fim de formalizar que ela estará cometendo uma ilegalidade caso constitua banco de horas em bases onde os sindicatos não firmaram o acordo. A Gol/VRG não pode forçar nenhum trabalhador a sujeitar-se a um acordo que não foi aprovado pela base ou firmado pela entidade sindical que o representa.
O Sindicato alerta aos aeroviários a importância de denunciarem abusos e manterem a entidade informada sobre qualquer dívida ou negativa de pagamento de horas extras, ou irregularidade nas compensações. O que vale é a cláusula 10 da CCT, para todo o país, incluindo Guarulhos, exceto os demais municípios de São Paulo.