As entidades lamentam a iniciativa de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília e reafirmam a capacidade gestora da Infraero.
De acordo com dados do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), dos 67 aeroportos administrados pela estatal, apenas quatro apresentaram resultados positivos acima de R$ 30 milhões em 2008: Guarulhos, Campinas, Congonhas e Curitiba. Os demais apresentaram resultados insuficientes para remunerar o capital investido. Ainda assim, em termos de geração de resultado, em 2008, a Infraero obteve lucro antes dos investimentos na ordem de R$ 372,7 milhões.
A alteração na composição dos aeroportos administrados pela Infraero, sem a devida avaliação dos impactos decorrentes, pode gerar sérios danos à rede aeroportuária nacional, com repercussões em termos de segurança e qualidade dos serviços, afirma o Sina.
O argumento de que as obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 exigem a entrega dos terminais a consórcios privados é considerado pelos sindicalistas uma falsa discussão. “Se fizermos um grande esforço nos dias dos jogos, aproveitando melhor os horários ociosos, as coisas vão funcionar”, afirma o presidente do nosso Sindicato e da Fentac/CUT, Celso Klafke.
Os aeroportuários de Campinas e Guarulhos já aprovaram indicativo de greve para enfrentar a proposta de privatização. Nesta quinta-feira (9), acontece assembleia da categoria em Brasília.