Reunião positiva? Resultados ainda frustrantes.

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Também, na ocasião, foi apresentado o novo diretor de operações, eng. Valter Fernandes. E comunicada a substituição de Jorge Sobral pelo Dr. Luis Rodrigues no Conselho de Administração da empresa.

A direção da TAP M&E Brasil também informou que está em estágio avançado a redação da proposta de transferência do plano de aposentadoria complementar do Aerus. O projeto será submetido ao Conselho da Petros (segundo maior fundo de pensão do país). A direção da empresa reconheceu a importância da ação do Sindicato junto a Petros, em prol dessa transferência, em defesa dos interesses dos trabalhadores.

A empresa também destacou o número de promoções realizadas no último período, a realização de novos contratos, inclusive na área de motores, o investimento em formação profissional durante a baixa demanda de serviços, em infraestrutura e TI. A TAP Portugal está garantindo a folha de pagamento durante o período deficitário da empresa no Brasil e deve encaminhar para manutenção, ainda este ano, cinco aeronaves, e outras três em 2011.

Para o Sindicato, os trabalhadores ainda não sentiram essas mudanças, ou entendem que estão aquém da capacidade da empresa. A categoria ainda reclama dos baixos salários (os menores no setor entre as maiores empresas de aviação), da avaliação de desempenho, a dificuldade de alcançar as promoção e o índice de acréscimo nos salários, considerado pouco expressivo pelos trabalhadores.

Em razão dos baixos salários, mesmo com os investimentos em treinamento, muitos funcionários têm buscado novas alternativas no mercado. A empresa tem perdido muita mão-de-obra qualificada para outras de menor porte, porque a maioria paga melhores salários. “Se a TAP ME deixar de ser referência no setor de manutenção, a responsabilidade disso será da atual gestão da empresa, que está remunerando muito mal seus trabalhadores. Infelizmente, a realidade ainda não corresponde ao que foi dito na reunião”, dizem os sindicalistas.

A falta de critérios na avaliação de desempenho, que tem papel fundamental nas promoções, por exemplo, tem sido duramente criticada pelos trabalhadores. Funcionários considerados nota 9 ou 10 por suas chefias em Porto Alegre acabam ficando com média 7 quando a avaliação passa pelo crivo da sede da empresa no Rio de Janeiro. E ninguém sabe dizer porque isso acontece, denunciam os sindicalistas. “Falta transparência”, afirmam. Diante disso, a perspectiva dos trabalhadores quanto a promoções fica prejudicada, o que diminui o ânimo perante o emprego.

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