Um inquérito policial-militar foi aberto para apurar as circunstâncias da morte. Movimentos em defesa dos Direitos Humanos relacionam a tragédia à falta de capacitação e de comando da Brigada. O caso será enviado à Comissão de Justiça e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, ao Comitê contra a Tortura da ONU e à ong Justiça Global. O Ministério Público também deverá apurar o caso.
A morte de Jair, associada aos incidentes ocorridos no dia 2 de outubro, no estádio Beira Rio, com um saldo de mais de 50 pessoas feridas, são, para o movimento sindical, provas claras de que a BM está orientada a tratar manifestações públicas como casos de polícia.
Conforme laudo do Departamento Médico Legal de Novo Hamburgo, Jair morreu por asfixia mecânica, seguida de contusão hemorrágica na laringe e traumatismo cervical.
A morte do sindicalista lembra outra tragédia, ocorrida há 19 anos, no dia 30 de setembro, quando o operário calçadista Carlos Dorneles Rodrigues, aos 20 anos, morreu após ser baleado na cabeça, voltando da assembléia que encerrou uma greve de nove dias em Sapiranga.
No dia 6, sétimo dia da morte de Jair, sindicalistas retornarão ao local da tragédia (RS 239), às 17 horas, para pedir justiça e a punição de todos os envolvidos. No dia 7, a manifestação será realizada em Porto Alegre, com concentração em frente à Secretaria de Justiça, às 15 horas, exigindo que o secretário da pasta seja também responsabilizado pelo crime, seguindo em direção ao Palácio Piratini, para um ato público. Todos os trabalhadores estão convocados para as atividades.
Fonte: Aerofolha 83