Campanha Salarial 2018/2019: Aeroviários cobram demandas trabalhistas

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Na quarta-feira (31), representes dos sindicatos de aeroviários e aeronautas ligados à Fentac/CUT participaram de mais uma rodada de negociações da Campanha Salarial 2018/2019 com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

No encontro, os aeroviários cobraram um posicionamento do Snea sobre as demandas que foram entregues ainda no mês de setembro, pautas que foram definidas em assembleias de aeroviários por todo o Brasil. A posição do Snea, porém, não está definida perante nenhuma das demandas dos trabalhadores e, segundo os representantes das empresas, uma resposta será dada até o dia 22 de novembro, data da última rodada de negociação.

O sindicatos de aeroviários, além de cobrar suas pautas, também questionaram itens propostos pelo Snea como o banco de horas e a retirada da garantia de emprego às vésperas da aposentadoria. Segundo os representantes dos trabalhadores, é preciso aprofundar as discussões para que seja possível chegar num consenso favorável aos trabalhadores.

Outro importante acontecimento desta reunião foi a entrega do Termo de Garantia de Data-base, documento que assegura a validade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até a assinatura de sua nova versão, mesmo que não seja cumprida a data-base das categorias, fixada em 1° de dezembro. A necessidade deste documento se dá visto que, desde a Reforma Trabalhista, a ultratividade, que garantia a vigência da CCT mesmo sem o fechamento das negociações na data-base, não existe mais. O Snea prometeu aos representantes dos trabalhadores entregar uma resposta ao Termo na próxima reunião, que deve acontecer na próxima semana, na quarta-feira (7).

O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre se fez presente em todas as rodadas de negociação e também nas reuniões bimestrais, encontros que antecederam a Campanha Salarial. Neste último encontro, a entidade levou para a mesa a urgente demanda dos aeroviários do Salgado Filho, trabalhadores que, dada a falta de vagas gratuitas em locais de estacionamento que foram limados pela Fraport, são obrigados a gastar em torno de 190 reais mensais para poder trabalhar. Segundo o diretor Celso Klafke, “eles (os aeroviários) acabam parando na rua, muito longe do aeroporto, e correm risco de serem assaltados, terem os carros roubados e colocam em risco a própria vida”. As empresas se comprometeram em averiguar a situação.

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