Para coordenadores de Segurança do Trabalho da Gol, trabalhadora que caiu em finger é culpada por seu acidente. Porém, quando o assunto são seus clientes, empresa diverge.
Uma aeroviária sofreu um acidente de trabalho, mas mesmo assim, a empresa se negou a tomar os procedimentos corretos. O caso aconteceu com uma trabalhadora da Gol no Salgado Filho.
Enquanto caminhava pelo finger, a aeroviária escorregou e se machucou, e mesmo com testemunhas que viram o acidente, a empresa até hoje não abriu a Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) e nem entregou documentos para a trabalhadora.
Em reunião que discutiu o acidente, o responsável pela Coordenadoria de Segurança do Trabalho se alterou e tratou os dirigentes sindicais de maneira grosseira, mostrando um comportamento inadequado, o que gerou nos diretores do Sindicato o questionamento, “se em uma reunião ele se porta dessa maneira, como será que é o tratamento desse responsável quando lida individualmente com um trabalhador?”
Hoje, em torno de seis meses após o acidente, a aeroviária ainda sente dores, possíveis sequelas deste acontecimento.
O Sindicato aponta que houve um caso em que uma passageira caiu no mesmo finger onde a aeroviária se acidentou, porém nesta ocasião a Gol prestou todo atendimento correto para sua cliente, conduzindo a pessoa até o centro de atendimento médico e prestando os devidos cuidados necessários.
“Porque os responsáveis pela Coordenadoria de Segurança do Trabalho da Gol em Porto Alegre não abriram a CAT? Porque a Gol diferencia o trato de clientes e trabalhadores?”, questiona o Sindicato. Para a entidade, a Gol trata o peso da saúde e segurança com duas medidas diferentes.
O que orienta o Manual de Conduta da Gol?
O Sindicato questiona quais seriam as medidas recomendadas pelo Manual de Conduta da Gol em caso de omissão dos responsáveis pela Coordenadoria de Segurança do Trabalho. A entidade sindical relembra que quando é o trabalhador que infringe alguma norma do Manual, este é punido com advertência. “O que acontecerá com esses responsáveis?”, questiona o Sindicato.