Em assembleia geral realizada em 18 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, os aeroviários gaúchos aprovaram a proposta de acordo com as companhias aéreas, mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O acordo foi aprovado também nas demais bases do país, nas assembleias convocadas pelos sindicatos de aeroviários e Sindicato Nacional dos Aeronautas, dando fim a campanha salarial 2015/16. A assinatura do acordo acontece nesta quinta-feira (25/2), no TST, em Brasília, em conjunto com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).
A proposta do TST ficou aquém das reivindicações de aeroviários e aeronautas, mas as categorias decidiram aceitar o acordo. O Sindicato destaca que a campanha foi muito difícil, por falta de boa vontade das empresas em negociar e da atuação extremamente prematura do Judiciário, engessando as negociações e proibindo uma greve efetiva, o que vai contra a garantia de livre negociação.
Desde setembro do ano passado, os trabalhadores vêm buscando avançar na campanha salarial, mas as aéreas não “arredaram o pé” dos 0% durante quase todo o o período e ainda ameaçaram de demissão os trabalhadores.
O acordo foi possível graças aos avanços obtidos com a paralisação nacional de duas horas, em 3 de fevereiro, em 12 aeroportos do país.
A convocação do TST para nova mediação veio após essa greve. O órgão sugeriu um acordo entre aéreas e trabalhadores, garantindo 11% de reajuste salarial, dividido em duas parcelas: 5,5% em fevereiro e 5,5% em maio; pagamento de abono indenizatório de 10% aplicado sobre o salário base de novembro de 2015, com valor mínimo de R$ 300,00: mais 11% de aumento retroativo a data-base para vale-refeição, vale alimentação, diárias nacionais e seguro de vida.
Assim como reajuste de 5,5% mais 5,5% no teto da cesta básica, em fevereiro e maio, e a criação de uma comissão paritária sobre escala 5×1 e folga agrupada.