Entidades seguem na luta por aumento real e consideram inadimissível proposta
das aéreas de reajuste de 0% em troca de “suposta” garantia de empregos
Após determinação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, foi retomada, na última quinta-feira (10/12), as negociações da campanha salarial com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA).
Na ocasião, as empresas apresentaram uma proposta de reajuste 0% em troca de uma “suposta” garantia de manutenção dos empregos até 1º de dezembro de 2016. Os sindicatos de trabalhadores e a Fentac/CUT rejeitaram a proposta por unanimidade. Os sindicatos também questionaram o SNEA sobre a alta rotatividade no setor e a falta de contratações para atender a demanda. Além disso, reafirmaram que os trabalhadores têm direito ao reajuste salarial para dar conta da inflação e diante das exigências de produtividade cada vez mais altas por parte das empresas.
Estudos do Dieese apontam que aeronautas e aeroviários levaram doze anos para acumular 9,79% de ganho real e levariam mais uma década para recuperar o poder de compra nos salários se aceitassem a proposta do SNEA.
As próximas rodadas de negociação acontecem nos dias 17 de dezembro, 14 e 22 de janeiro, quando as negociações devem ser concluídas, a fim de atender determinação do TST.