Entidades sindicais da CUT e de outras centrais realizam protestos, em várias cidades do país, nesta quarta-feira (15/4), para barrar a votação das emendas ao PL 4330, na luta para reverter a aprovação da matéria, que amplia a terceirização do trabalho e põe em risco os direitos expressos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
As manifestações começaram no início da manhã, por volta das 6h, com marchas em rodovias, paralisação de serviços do transporte, atos nos aeroportos, e continuam por todo o dia. Esta prevista para esta quarta a votação das emendas, que foi interrompida na terça-feira (13), diante do clamor dos trabalhadores que participam do movimento contra o PL 4330. Não está descartado que, frente aos protestos, a Câmara adie as votações sobre as emendas.
Entidades representativas do Judiciário, como a OAB e a Anamatra, além de vários juízes do trabalho, são contrárias ao PL 4330 e vem alertando para os riscos enormes de perda de direitos que o PL impõe. Elas alertam também que, se a nova lei for aprovada, irá ampliar o número de acidentes de trabalho no país. “Somente os donos das empresas e das indústrias são favoráveis ao PL 4330, pois querem baixar salários e precarizar as condições de trabalho para lucrar”, ressalta o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre. “Se o projeto for aprovado, permitindo terceirização da atividade-fim, estaremos a um passo de ver mecânicos de manutenção e agentes de check in na mira da terceirização”, destaca o Sindicato.
Em Porto Alegre, Passo Fundo e Pelotas, houve paralisação do transporte em protesto ao PL 4330. Na capital, os manifestantes concentraram-se na Av. Alberto Bins, em frente à Fecomércio, e seguiram em caminhada até a Assembleia Legislativa, para participar de audiência pública.