APACs: Somente a mobilização pode reverter precarização na AirSpecial

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Os problemas enfrentados pelos funcionários da AirSpecial ainda não terminaram. Não dá para descansar e é preciso ficar alerta. Os direitos garantidos na CCT não são cumpridos, e as atitudes antidemocráticas persistem na empresa.

As condições licitatórias da Infraero, que regem e determinam que as empresas que prestam serviço de APAC para a estatal têm que praticar a CCT dos aeroviários de Porto Alegre, também não são respeitadas. Dentre as irregularidades estão o não pagamento do vale alimentação nas férias e nem na licença maternidade. Sobre esse direito, a gerência local da AirSpecial afirma que, mesmo que o Sindicato confirme o direito judicialmente, a empresa pagará apenas para os funcionários beneficiados pela ação e seguirá não pagando para os demais.

A AirSpecial crê que a Justiça não garante as situações futuras, mas perdeu no processo e vai ter que pagar o retroativo aos funcionários. Ela também não respeita o desconto em folha da mensalidade do sócio do Sindicato, nem quando o trabalhador solicita pessoalmente. E obriga os funcionários a gozarem apenas 20 dias de férias. A AirSpecial também exige hora extra todos os dias, por falta de funcionários, e proibiu (junto com a Infraero) que seus funcionários façam suas refeições na praça de alimentação do Aeroporto. Por tudo isso, tem perdido trabalhadores para as companhias aéreas.

Nem a AirSpecial, nem a Infraero disponibilizam refeitório ou vestiário, descumprindo de forma irresponsável a NR24.

Vimos neste ano a sociedade ir às ruas protestar por melhores condições de saúde, educação e, na nossa comunidade da aviação, a greve dos aeroportuários e a dos trabalhadores da Swissport, que ainda estão na luta para defender seus direitos, mas estão avançando. É só assim, com mobilização, que vamos conseguir mudar essa condição. Ou alguém acredita que há ética no comando da AirSpecial?

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