Na prática, é isso que tem acontecido na empresa no último período. Apesar do tratamento ser um direito do trabalhador quando adoece, a TAP M&E tem proibido os aeroviários de sair para realizar consultas médicas.
Até pouco tempo, a empresa permitia ao trabalhador ausentar-se por uma hora para fazer fisioterapia (caso mais comum), ou ir ao médico para tratar de enfermidades ou consultas rotineiras. Bastava para isso o trabalhador apresentar os comprovantes do atendimento ou o atestado.
Recentemente, no entanto, a empresa mudou seus critérios e assumiu a postura de descontar as horas de ausência para a consulta ou atendimento médico ou fisioterápico.
“Os trabalhadores estão insatisfeitos com a decisão da TAP. Quem não está doente, teme por adoecer e já trabalha inseguro ao ver estes casos de constrangimento acontecendo com os colegas. É necessário mantermos a unidade para juntos revertermos a situação”, argumenta a direção do Sindicato.
A direção lembra que o funcionário que recorre aos serviços de saúde no horário de serviço, ou até mesmo, informalmente, combina com a chefia que irá levar um filho à escola, por exemplo, está disposto a colaborar com a empresa e muitas vezes compensa a ausência recuperando essas horas de trabalho.
“Convocamos os colegas para uma operação de não colaboração, para sensibilizar a TAP a rever esta postura de repressão de direitos”, afirmam os dirigentes. O Sindicato também está buscando um diálogo com a empresa. Se não houver resultado, a entidade irá tomar as medidas judiciais cabíveis.