Abril Azul: 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

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Como acontece com diversas doenças, transtornos e causas sociais, chegamos em mais um novo mês marcado por uma luta. O Abril Azul, e especialmente o dia de hoje, 2 de abril, são o mês e o dia que buscam a conscientização sobre o autismo, trazendo para o público a caracterização desse transtorno com o intuito de melhorar tanto a convivência com pessoas que o possuem quanto a identificação de novos casos.

A definição do Ministério da Saúde (MS) para o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é “um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento, que podem englobar alterações qualitativas e quantitativas da comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e do comportamento, como: ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses.” Ainda segundo o MS, o transtorno possui diversos níveis, desde a independência total até uma incapacidade de lidar com tarefas diárias.

Segundo o Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIASUS), em 2021 foram realizados 9,6 milhões de atendimentos ambulatoriais para pessoas com TEA. Com base nesses dados, em 2021 foi garantida em legislação federal a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), uma carteira que pode ser solicitada e garante prioridade no acesso aos serviços de saúde, educação e assistência social.

A identificação do TEA geralmente acontece na infância, através da percepção de algumas das características do TEA no acompanhamento médico básico.

Além dessa conscientização sobre a identificação, da caracterização e do tamanho do autismo no Brasil, esse dia é importante para reconhecer os desafios enfrentados por essas pessoas na sociedade. Para o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, essa lembrança sobre o TEA serve para que possamos, como sociedade, acolher essas pessoas e ajudá-las no que for possível, inclusive no mercado de trabalho.

No ambiente de trabalho, algumas vitórias têm sido conquistadas nessa luta, conforme informações do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Uma lei de 2012 prevê o direito e o estímulo à contratação de pessoas com TEA no mercado de trabalho, inclusive em funções como a de aprendiz, enquanto na justiça, alguns trabalhadores de serviços públicos tem conquistado reduções de carga horária devido ao abandono parental, como é o caso de uma mãe que, sem o apoio do pai da criança, precisa auxiliar o filho em tarefas básicas como alimentação e higiene.

O Sindicato acredita que iniciativas como essa, de apoiar os pais de alguém com TEA e também de abrir as portas do trabalho para pessoas com esse transtorno são duas iniciativas que podemos ter quando falamos sobre a categoria aeroviária. Para a entidade, é necessária a compreensão dessas necessidades por toda a sociedade, pois somente com essa consciência é que ser mais generosos e acolhedores com quem tem TEA e com seus familiares.

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