Editorial: Agilidade e democracia são as palavras-chave quando falamos em acordos

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Receber a proposta da empresa, buscar avançar ao máximo em termos de proteção de direitos, receber outra proposta, avaliar juntamente ao Jurídico, encaminhar materiais de divulgação, realizar assembleia e encaminhar a documentação. Em resumo, essas são as fases que o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre atravessa quando recebe uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), e até mesmo, salvas as devidas proporções, nos processos de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Geralmente, quando a entidade negocia a melhor proposta possível, quando as empresas não aceitam ceder em seus termos, no dia seguinte já está anunciada a assembleia dali a 3 dias, conforme demanda o estatuto da entidade. Para que isso seja possível, o Sindicato mobiliza sua Comunicação, seu Jurídico, seus diretores e seus funcionários para que todo esse trabalho seja realizado no menor período de tempo possível.

Apesar desse esforço da entidade, muitas cobranças são feitas sobre esta agilidade, sobre esse procedimento. Críticas foram endereçadas para a entidade no sentido de que os diretores deveriam assinar os documentos o mais rápido possível, aceitar qualquer proposta. Porém, esta não é a forma como fazemos o sindicalismo.

A assinatura de ACTs e CCTs dependem da aprovação formal da categoria, uma vez que o Sindicato é uma entidade que representa a vontade desses trabalhadores. A entidade afirma que sempre prioriza a participação da categoria e a democracia nessas decisões, realizando assembleias para sacramentar esse comprometimento. A entidade jamais assinará um documento, um acordo, por menor que seja, sem o aval dos aeroviários, afinal, é dos direitos desses trabalhadores que estamos falando, portanto não há forma mais justa do que a democrática.

“Estamos abertos para críticas, queremos saber como a categoria nos enxerga e como enxerga nossos procedimentos ao mesmo tempo que queremos explicar como funcionamos e porque fazemos as escolhas que fazemos”, afirma a direção da entidade, que complementa, “esse é o nosso jeito de travar essa luta e queremos a categoria conosco”.

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