Editorial: Agosto é mês de causas importantes para as mulheres

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Duas campanhas bem distintas colorem agosto. O Agosto Lilás, que alerta para o combate à violência contra a mulher, e o Agosto Dourado, pelo aleitamento materno, são as lutas que marcam o mês.

Segundo pesquisa de 2021 do Observatório da Mulher, do Senado Federal, 27% das mulheres relatam já ter sofrido algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Destes 27%, 68% dessas violências foram físicas.

Frente a números tão alarmantes, outros dados, estes de 2015, se tornam ainda mais preocupantes. 64% das vítimas de violência não buscaram atendimento de saúde. Outros 29% que buscaram atendimento nas delegacias especializadas relatam ter recebido um péssimo atendimento.

No ambiente de trabalho, o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre considera que existem avanços no combate à violência. A transformação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA) para atender também aos casos de assédio é “um passo importante para tornar o ambiente de trabalho um local mais seguro para as mulheres”, considera a direção.

Para o Sindicato, é necessário que os instrumentos de denúncia, como delegacias e a própria CIPA, sejam aprimorados. A direção da entidade entende que o recebimento de denúncias e a investigação das mesmas é o caminho para que, na próxima pesquisa do Observatório da Mulher, números mais positivos apareçam nos resultados.

Agosto Dourado é pela nutrição e prevenção de doenças

Padrão ouro em nutrição. Esse é o motivo do nome do Agosto Dourado, mês que incentiva a e destaca a importância da amamentação.

Segundo reportagem da Agência Brasil, “o leite materno evita doenças, porque contém imunoglobulina A, proteína que age na proteção das mucosas do sistema respiratório do bebê, evitando a progressão de infecções, além de reduzir a exposição e a absorção intestinal de alergênicos responsáveis pelas doenças respiratórias.” Ainda segundo números apresentados na reportagem, 63% é a taxa de redução das internações por doenças respiratórias no caso de bebês que receberam o leite materno.

A reportagem da agência pública de notícias também destaca que não há malefícios para a mulher na amamentação, e que o que pode ocorrer é uma perda óssea, mas que é restaurada naturalmente após o fim do período de amamentação.

Pelos benefícios apresentados nas pesquisas científicas, o Sindicato vê reforçadas as lutas para que as mulheres possam estar mais próximas de seus bebês nos primeiros meses de vida. “Nós sempre levamos para as negociações salariais alguma pauta exclusiva referente ao direito da mulher aeroviária, e acreditamos que lutar pelo direito das mães possa ser também uma boa luta”, finaliza a direção sindical.

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