Este dia sempre foi muito importante no calendário dos aeroviários. O 28 de abril, Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, é uma data que serve para lembrar, mas também para que pensemos no futuro.
É costume do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre realizar uma retrospectiva ou falar de alguns casos de colegas que sofreram com as doenças relacionadas ao trabalho, mas nesta data a entidade gostaria de fazer diferente. Nesse dia 28 de abril o Sindicato falará de futuro.
A diretoria da casa que representa os aeroviários faz um alerta, “não há meta batida ou qualquer serviço prestado que tenha valor equivalente ao de nossa saúde”. E em tempos de pandemia do novo coronavírus (COVID-19), a afirmação da entidade ganha contornos ainda mais dramáticos.
Há um forte fator psicológico neste momento. Estamos bagunçados. Muito pouco restou de nossa antiga rotina, e para o Sindicato, devemos abraçar essa mudança. “Até que nos adequemos a essa nova realidade, porém, devemos ter em mente que estamos no meio de uma pandemia e está tudo bem se nossa concentração e o nosso rendimento não forem os mesmos de outrora”, afirmam os diretores da entidade.
Além desses fatores psicológicos relacionados a adequação aos novos tempos, é possível traçar uma relação entre o coronavírus e o ambiente de trabalho dos aeroviários. Um local onde circulam pessoas naturalmente já se configuraria como uma zona de risco para contaminação, mas no caso dos aeroportos, este risco é elevado.
Neste âmbito, o Sindicato está atuante. A entidade está com contato com os responsáveis pela Segurança do Trabalho de todas as empresas que atuam no Salgado Filho para cobrar a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), garantido que os aeroviários tenham à disposição todos os meios para realizar o trabalho com máximo de segurança disponível.
Por fim, neste 28 de abril, o Sindicato reforça os seus votos de cuidados e pede que os aeroviários sigam todas as recomendações dos órgãos responsáveis. “Queremos lembrar dessa época como um momento em que fomos prudentes e nos protegemos da melhor forma possível, como um período difícil, mas que passou”, afirmam os diretores da entidade.