Aéreas propõe reajuste equivalente a menos da metade da inflação e negam qualquer avanço nas cláusulas sociais

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Foi realizada, nesta quarta-feira (9/11), a terceira rodada de negociações entre as empresas aéreas e os sindicatos dos trabalhadores aeroviários e aeronautas filiados à Fentac/CUT. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) apresentou finalmente sua proposta de reajuste para os itens econômicos das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). As empresas aéreas oferecem 4% de reajuste sobre todos os itens, o que significa menos de metade da inflação projetada para o período, com base no INPC. O reajuste ainda seria limitado aos salários de até R$ 10 mil reais. Acima disso, o pagamento se daria na forma de abono salarial, no valor de R$ 400,00. Sobre os itens sociais que os trabalhadores pediram mudança na redação, o SNEA somente aceitou alterar a cláusula 14 da CCT dos aeroviários, que versa sobre o compromisso das empresas de oferecer aos trabalhadores cursos de capacitação em caso de melhorias tecnológicas nos equipamentos. Na rodada anterior, o SNEA já havia negado a totalidade das novas cláusulas sociais propostas pelos trabalhadores. Diante da posição dos SNEA, os sindicatos de aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) encerraram a reunião informando que irão discutir conjuntamente entre as entidades sindicais os próximos passos da negociação, para decidir um posicionamento. A próxima rodada de negociação acontece no dia 17. Os sindicatos de aeroviários ligados à Fentac/CUT, incluindo o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, já têm assembleia com a categoria convocada para o dia 18, logo após a próxima rodada, para deliberação sobre os rumos da campanha salarial. “As empresas sugeriram um reajuste muito aquém sequer da inflação no período, não aceitaram nenhuma cláusula nova sugerida pelos trabalhadores, também negaram os pedidos de alteração de redação de diversas cláusulas e só aceitam discutir, na prática, suas próprias sugestões de alteração da CCT, todas nocivas para aeroviários e aeronautas”, destacaram os dirigentes sindicais que participaram da reunião. “Negociação exige reciprocidade, mas a relação está se dando de forma muito unilateral e desigual. As empresas só olham para si, e esse jogo só vira se dermos uma forte resposta, nós trabalhadores, rejeitando essa proposta imoral e promovendo uma forte mobilização em todos os aeroportos”, afirmam Celso Klafke e Edmilson Fraga, diretores do Sindicato e da Fentac/CUT.

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Fotos: Kalinka Kaminski/Sindicato

 

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