SNEA rejeita proposta dos sindicatos e greve torna-se única saída para reverter intransigência das aéreas
Os sindicatos de aeroviários e o Sindicato Nacional dos Aeronautas, junto com a Fentac/CUT, defenderam nesta quarta-feira (27/1), em reunião com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), a proposta aprovada em assembleia, de 11% de reajuste sobre salários e demais itens econômicos, visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
As aéreas, mais uma vez, não aceitaram a proposta dos trabalhadores e apresentaram uma variação leve daquilo que ofereceram na audiência de mediação no TST, o que já foi rejeitado por ambas categorias, por não contemplar a data-base.
As aéreas ofereceram reajuste escalonado de 5,5% em fevereiro, mais 5,5% em junho, para pisos e salários até R$ 1,5 mil. E admitiram que 45% dos aeroviários recebem até esse valor por mês.
Para salários entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil,ofereceram um reajuste escalonado de 3% em fevereiro, 2% em junho e 6% em novembro. E para salários acima de R$ 10 mil, um valor fixo na ordem de R$ 300,00 em fevereiro, R$ 200,00 em junho e R$ 600,00 em novembro.
Apenas as diárias nacionais, vale-alimentação, vale-refeição e seguro de vida teriam reajuste de 11% retroativo à dezembro, além de um aumento no teto do vale-alimentação (de 3% em fevereiro, 2% em junho e 6% em novembro).
Diante do impasse, aeroviários e aeronautas, realizam assembleias nessa sexta-feira (29), em todo país, visando aprovar o início da greve em 3/2. A negociação demostrou que esse é o único caminho para sensibilizar as empresas.