Os aeroviários de Porto Alegre decidiram, em assembleia geral realizada nesta segunda-feira (25/1), rejeitar a nova proposta de reajuste apresentada pelas companhias aéreas na audiência de mediação, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), no dia 22.
Na ocasião, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) propôs um reajuste salarial de 11% (o INPC do período fechou em 10,97%), parcelado por faixas salariais. Para salários até R$ 1,5 mil, seria aplicado um reajuste de 5,5% em fevereiro e outro de 5,5% em junho. Para salários entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil, seria aplicado um reajuste de 2% em fevereiro, 3% em junho e 6% em novembro. Para salários acima de R$ 10 mil, seriam incorporados valores fixos de: R$ 300 em fevereiro; R$ 500,00 em junho; e R$ 1,1 mil em novembro.
Diante da proposta, que não garantia a reposição da inflação ou respeitava a data-base, os aeroviários de Porto Alegre, assim como os aeroviários de outras bases e os aeronautas rejeitaram o acordo nesses termos e autorizaram os sindicatos a defender 11% de reajuste retroativo à data-base. Na assembleia, também foi mantido Estado de Greve e aprovado o indicativo de greve em 3 de fevereiro.
A nova pauta de reivindicação será defendida junto ao SNEA, na rodada de negociação que acontece nesta quarta-feira (27/1), às 14h30min, em São Paulo.
Uma nova assembleia será realizada na próxima sexta-feira (29), para avaliar o resultado da rodada de negociação. A assembleia acontece na sede (Rua Augusto Severo, 82), às 16h30min. Nas demais bases do país, aeroviários e aeronautas também realizarão assembleias, que poderão aprovar uma paralisação nacional nos aeroportos.