Aeroviários e aeronautas reúnem-se com aéreas em audiência no TST

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Os sindicatos de aeroviários, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e a Fentac/CUT participam de audiência de conciliação com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, nesta sexta-feira (4/2).

O sindicato patronal, que representa as companhias aéreas TAM, Gol, Azul e Avianca, decidiu de forma unilateral encerrar as negociações salariais na véspera da terceira rodada. As reuniões  transcorriam normalmente, sendo que nesta campanha, iniciada em outubro, apenas duas ocorreram, com apresentação de cenários econômicos. A primeira reunião de negociação de fato aconteceria na terceira rodada, que foi cancelada pelo SNEA.

As empresas sequer apresentaram aos trabalhadores uma contraproposta à pauta de reivindicações entregue pelas categorias no final de setembro. As companhias até o momento não oferecem nada e negam qualquer possibilidade de aumento, alegando que estão em crise.

A audiência no TST será conduzida pelo vice-presidente do Tribunal, ministro Ives Gandra Filho. Aeronautas e aeroviários reivindicam reajuste de 15% nos salários (reposição da inflação acrescida de aumento real); e de 20% nos pisos salariais, nos vales-alimentação, refeição e diárias para os aeroviários.

Os sindicatos defendem que as condições de trabalho e o salário devem acompanhar os ganhos e avanços das empresas. Ou seja, assim como as companhias alegam ter custos (com combustíveis, manutenção, entre outros), que depois são repassados para os preços das passagens, os trabalhadores também sofrem com o aumento dos preços.

Em nota, o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre ressalta:

“A decisão das empresas de pedir mediação do TST foi prematura, arbitrária e lamentável. A mobilização de aeroviários e aeronautas é a única resposta à altura que podemos dar à falta de diálogo das companhias aéreas. Há anos sofremos com todo tipo de pressão e abuso nas relações de trabalho, como o assédio moral, horas extras acima do permitido, dupla jornada, doenças ocupacionais e acidentes, muitos fatais, demissões em massa, escalas desumanas, sobrecarga excessiva, desvios de função. Agora, as empresas se esquivam de negociar a renovação da CCT. Se não demonstrarmos nossa força, nossa unidade, realizando manifestações nos aeroportos, falando com a população, denunciando tudo isso aos órgãos competentes e à imprensa, as aéreas passarão por cima de todos/as nós trabalhadores/as sem piedade. Elas querem sugar toda nossa força de trabalho pelo menor valor possível. É isso o que estão nos dizendo e é a isso que devemos responder JUNTOS, em todo o país! A valorização salarial é fundamental para garantir a dignidade do trabalhador aeroviário e aeronauta”.

A data-base da campanha unificada é 1º de dezembro. A campanha 2015/16 tem o objetivo de negociar a renovação das cláusulas econômicas dos aeronautas e as econômicas e sociais dos aeroviários na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) firmada com o SNEA.

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