O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre reuniu-se na manhã desta quinta-feira (27/8) com a direção da TAP ME para debater os problemas na área de Saúde e Segurança do Trabalho. Foi a segunda reunião sobre o tema realizada este ano.
A entidade levantou várias questões junto à direção da TAP ME, uma vez que o sucateamento de diversos setores prejudicaram em muito as condições de trabalho e geraram várias ações na Justiça. “Finalmente a empresa parece aberta a essa discussão e esperamos que os problemas sejam superados. Quando a empresa se nega, somos obrigados a exigir na Justiça os direitos dos trabalhadores e condições de trabalho seguras”, ressaltou a direção do Sindicato.
Dentre as questões debatidas estão a troca do local do Almoxarifado do setor de Pintura e a retirada do adicional de periculosidade de um trabalhador do setor de Motores. Diante da negativa da empresa de pagar o adicional, o Sindicato vai ingressar na Justiça para defender o direito do aeroviário. Já o Almoxarifado teve a sala nova regularizada e os trabalhadores que atuam no local irão receber o adicionala partir de agosto.
A empresa apontou as melhorias nos sistemas e hangares, que foram considerados avanços pelo Sindicato. Os trabalhadores que atuam na Pintura e nos hangares e necessitam utilizar cinto de proteção tinham acesso apenas a um equipamento defasado (que gerava riscos). Agora, receberão um equipamento atualizado.
O Sindicato e a TAP ME não chegaram a um consenso sobre a forma como é feito o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). Para o Sindicato, a empresa maquia ou omite dados, como o ruído, prejudicando os trabalhadores.
Foi solicitado pelos diretores sindicais providências em defesa de trabalhadores que sofrem assédio moral. No setor do gerente conhecido como “Ostrão”, alguns “protegidos” do chefe podem chegar atrasados cotidianamente, enquanto outros são perseguidos por qualquer deslize no horário. “Até quando a empresa vai fazer vista grossa, permitindo essa situação”, questionou o Sindicato.
O forte cheiro de combustível nos hangares também foi questionado. O Sindicato solicitou que procedimentos como purga e destancamento sejam feitos fora dos hangares para evitar essa contaminação.
O Sindicato entregou uma lista com os nomes de todos os funcionários que receberam habilitação da Anac e não foram promovidos. A empresa comprometeu-se a conversar com os trabalhadores.
A entidade também levou à TAP ME sua preocupação com os recursos dos trabalhadores na Petros, que passa por investigação de uma CPI no Congresso. Entidade e empresa vai tentar blindar esses recursos e encontrar uma alternativa segura.
Sobre as CATs, a empresa está encaminhando ao Sindicato, todo dia 5 de cada mês, as CATs emitidas no mês anterior, o que regulariza o tema. A TAP ME comprometeu-se ainda a convocar o Sindicato a participar de todas as medições técnicas que vierem a ser realizadas, sobre Saúde e Segurança do Trabalho. A próxima será no dia 11 de setembro e o Sindicato irá participar, ao lado dos técnicos que assessoram a empresa e os peritos.