Os aeroviários da área de produção de hangares da TAP ME decidiram, em assembleia realizada em 28 de janeiro, negar a proposta da empresa de alteração da jornada de trabalho.
A empresa queria reduzir a carga horária de 42 para 40 horas semanais, mas os trabalhadores teriam que atuar um dia a menos por semana, aumentando a jornada diária para 10h.
Devido à atividade exigir alta concentração e responsabilidade, além de ser num setor insalúbre e periculoso, o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre informou à categoria sua posição contrária à proposta da TAP ME. No entanto, conforme pedido da empresa, a decisão coube aos trabalhadores. 365 trabalhadores votaram não à mudança e apenas 19 votaram sim.
O resultado demonstra de forma expressiva que os trabalhadores concordaram com a posição do Sindicato. A categoria também entende que, ao invés de mudanças bruscas no cotidiano, a TAP ME deveria dar conta de questões internas, como melhorar o sistema de promoções, ou coibir o assédio moral.
Tais atitudes gerariam maior credibilidade para a empresa e apoio dos trabalhadores às suas propostas. A situação, no entanto, tem sido o contrário, na opinião dos trabalhadores: as mudanças necessárias não acontecem, o assédio cresce, os assediadores são valorizados pela empresa. Quem denuncia não tem nenhuma resposta ou apoio e a empresa insiste em exigir e sobrecarregar cada vez mais os funcionários.