EDITORIAL
O Sindicato reuniu-se, em 15 de outubro, com representantes do setor de Recursos Humanos da TAM e com a comissão do PPR da empresa, formada exclusivamente por supervisores numa eleição mal divulgada.
A reunião aconteceu na sala da gerência, em Porto Alegre. A empresa apresentou seu plano de participação nos resultados, mas o mesmo não está aberto à discussão, cabendo à comissão, da qual o Sindicato não faz parte, apenas aceitá-lo. Novos critérios de metas foram incluídos, mas o prazo dado ao trabalhador para que tenha ciência das metas a cumprir já passou a muito tempo. Ou seja, ao trabalhador não há como atuar de forma planejada para cumprir metas, o que já se repete nos planos da TAM há muitos anos. É difícil conquistar metas sem prazo hábil para saber o que se deve conquistar.
A comissão de supervisores fez uma sugestão, “para o próximo” PPR, de que seja debatido em janeiro modificação nos critérios de pontualidade e qualidade. O representante do RH disse que “até poderia alterar”. O Sindicato entende que, para haver um diálogo com a empresa, no mínimo esses pontos têm que ser debatidos em janeiro.
Afora isso, os supervisores não teceram nenhuma crítica ao programa apresentado pela companhia. Pelo contrário, elogiaram e destacaram pontos do programa. O fato de serem supervisores prejudica um olhar crítico. A impossibilidade de alterações nesse plano demonstra uma postura antidemocrática da TAM. O Sindicato há muito tempo sugere que os critérios adotados no PPR são injustos, como a pontualidade.
O PPR da TAM deste ano é mais fracionado nas metas. Os trabalhadores poderão receber entre 0,25 e 0,75 salário. As metas são de 100%, já a valorização chega, com muito esforço, a 75% de um salário. A empresa tem interesse que o Sindicato assine o PPR, para que haja isenção de impostos. A entidade seguirá discutindo o tema com a categoria, para avaliar e definir o que seria um PPR adequado na TAM.