Editorial: TAP ME virou uma Disney de baixarias

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A troca de e-mails entre um gerente e uma líder da TAP ME, copiada e distribuída por e-mail aos demais trabalhadores da empresa, vem causando contrangimento e revolta a todos os funcionários. A conversa, cheia de adulações e sem nenhum objetivo de trabalho, explicita até o sono que ambos tiveram durante o expediente, quando deveriam estar realizando suas tarefas, mas os olhos fechavam de falta de vontade de trabalhar.

Toda a situação é vexatória e revela uma má conduta de ambos, ao utilizar tempo e recursos da empresa para questões pessoais. Revela também despreparo e falta de profissionalismo, o que é grave pois ambos estão em cargos de gestão de outras pessoas.

A reação dos trabalhadores é natural: a empresa cai em total descrédito ao manter esse tipo de profissional nos cargos que ocupam e não valorizar os trabalhadores que dedicam todo o seu foco e esforço para cumprir suas tarefas com profissionalismo e ética. Antigamente, funcionários que usaram o e-mail corporativo de forma indevida acabaram demitidos. Hoje, temos dois pesos e duas medidas. Quem usa o expediente e o e-mail para questões pessoais com colegas, descaradamente, sai ileso.

Só falta a TAP ME querer punir quem divulgou os e-mails. Todos sabem que o vazamento de informações as vezes é o único recurso para expor a todos as irregularidades e lutar por justiça. Assim fez o Wikileaks, assim tem feito, historicamente, a Imprensa, divulgando os casos de corrupção e crimes.

A pergunta que fica é “para que serve o Código de Ética da TAP ME?”. Será que a palavra ética para a TAP ME tem um outro significado? Qual o sentido do Plano de Carreira, já que as promoções se dão, não por critérios claros, ou pelo que está estabelecido no Plano, e sim por questões pessoais de interesse e estima. Nesse caso específico, por “puxa saquismo” e falta de profissionalismo.

Parece que tudo que havia de errado na antiga VEM se manteve na TAP ME, como os apadrinhamentos, as pequenas máfias, os grupinhos, e o que tinha de bom foi perdido, como a busca por excelência.

A direção da TAP ME demonstra conivência com essas práticas antiprofissionais. E assim, novos personagens vão sendo criados: bundalelê (o supervisor que gosta de mostrar as nádegas para os subordinados), ostrão, primeira-dama, pateta (o que faz o serviço errado e ganha promoção). Enfim, é uma Disney de baixarias!

Pessoas que somente causam prejuízos para a empresa ocupam cargos relevantes; enquanto os trabalhadores seguem sendo massacrados com salários baixos em relação ao mercado, falta de estímulo à carreira, falta de equipamentos adequados, de uniformes, de infraestrutura, clima péssimo. Sem falar no descaso com a segurança do Trabalho. Quando há demissão, o corte é sempre na parte mais fraca, o trabalhador da base; nunca o gerente ou o líder. Mesmo quando a justa causa está ali, pra todo mundo ver, num desrespeito que clama por um saquinho de vômito.

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