Os trabalhadores das empresas terceirizadas, como a AirSpecial, precisam reunir forças e coragem para enfrentar os desmandos dos patrões. Sem mobilização, por mais que o Sindicato esteja à disposição da categoria para a luta, os patrões entenderão que estão vencendo o jogo e seguirão desrespeitando direitos e a própria profissão dos aeroviários.
Mesmo informando com 72 horas de antecedência uma paralisação, se a empresa quiser ela vai demitir trabalhadores. Todavia, várias demissões já foram revertidas na Justiça, e o Sindicato encaminha essas ações em defesa dos direitos dos associados.
Apesar dos riscos, sabemos que paralisar ou protestar é a única forma de reverter a postura nociva das empresas. É um embate, uma guerra, na qual vence quem está mais forte e unido, e a arma das empresas é a pressão, a ameaça, a perseguição, ou oferecer somente aquilo que quer dar, e sempre foi assim.
Se acanhar é perder de antemão. O Sindicato sabe a importância do emprego de cada um. E é com foco nisso, no trabalho, nos direitos, que toda sua luta é empregada.
O Sindicato ouviu da categoria que a AirSpecial irá dar 5% de aumento na folha desse mês, mas não vai garantir nenhum retroativo. Esse índice é pouco, pois sequer recupera a inflação do último período (que já soma mais de 5,6%). Cabe ao trabalhador decidir se quer ou não enfrentar a empresa. Há riscos, mas todos os avanços de trabalhadores nos últimos anos se deram quando eles apostaram na unidade e enfrentaram os riscos na luta pelos seus direitos.
O Sindicato tem disposição, assessorias, recursos para apoiar o trabalhador. E estava lá, no dia 15 de maio, para fomentar essa greve. Mas a decisão final é do trabalhador, sempre.