A Infraero cancelou a reunião que estava agendada com o Sindicato, para 30 de abril, que iria tratar da AirSpecial. A empresa presta serviços terceirizados à estatal, que é co-responsável pelo cumprimentos dos direitos desses trabalhadores.
Como empresa pública, a Infraero deveria criar mecanismos para garantir que seus contratos fossem cumpridos respeitando os direitos trabalhistas. Mas a estatal faz vista grossa à exploração dos aeroviários.
A Infraero desmarcou a reunião alegando que o Sindicato e a AirSpecial deveriam primeiro chegar a um acordo. Mas o objetivo do Sindicato foi justamente buscar um diálogo, contando com a Infraero, para cobrar da AirSpecial o fim das irregularidades e garantir um reajuste salarial.
O Sindicato já tomou todas as medidas possíveis: denunciou todos os problemas para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de POA e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Diante da falta de ações do MPT, da SRTE e da Infraero, só resta a mobilização dos trabalhadores.
A exemplo dos garis no Rio de Janeiro, rodoviários de Porto Alegre e APACs de Minas Gerais, as greves têm sido a única forma de garantir direitos. Somente com luta poderemos reverter essa situação.