Gol volta a ter resultado operacional positivo

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A Gol está elevando seu ganho operacional, disse à imprensa o presidente da companhia, Paulo Kakinoff. Em 2012, a margem Ebit foi negativa em 11%. Já em 2013, ela foi positiva em 3% e a meta para 2014 é atingir um percentual entre +3% e +6%.

Se não fosse o câmbio (alta de 10,5%) e o aumento da querosene de aviação (+5,7%), o resultado seria maior. O corte de custos aplicado pela Gol desde 2012 resultou na redução de voos, devolução de aeronaves e demissão de mais de 2 mil trabalhadores, o que ampliou a sobrecarga de trabalho.

A melhora nos números da companhia não repercutiu na criação de novas vagas. A companhia não prevê sequer contratar para a demanda na Copa do Mundo. Os salários seguem achatados, devido às negociações salariais não terem terminado ainda, e valem hoje menos do que em abril de 2013.

GOL EM NÚMEROS – A companhia cortou em 4,3% a oferta de assentos, mas a demanda de passageiros subiu 1,4%, e a taxa de ocupação subiu de 70% a 75%. Cerca de 60% dos custos e 80% do endividamento da Gol estão atrelados ao dólar. O QAV é responsável por mais de 40% das despesas operacionais. O caixa da companhia é de R$ 3 bilhões.

PPR – Os trabalhadores aprovaram, em consulta realizada pelo Sindicato, a assinatura do Plano de Participação nos Resultados (PPR) 2013 da Gol. A companhia promete pagar 37,5% de um salário em 15 de abril. Há três anos a Gol não repartia resultados. A direção do Sindicato busca ampliar sua qualificação sobre PPR e PLR, com o apoio da assessoria do Dieese. Hoje, o processo ainda é uma caixa preta, onde os trabalhadores não têm as informações necessárias para debater a fundo as propostas.

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