O diretor Ivan Dias representou o Sindicato na reunião realizada, em 18 de novembro, em São Paulo, com a direção da Swissport, Orbital, ProAir e VitSolo para debater a situação dos trabalhadores.
O objetivo dos aeroviários é reverter a tentativa dessas empresas de descaracterizar a profissão e os direitos da categoria.
As empresas se colocaram como vítimas de uma situação criada pelo Sinteata, alegando que temem um passivo trabalhista enquanto houver dúvidas sobre quem representa seus funcionários.
Segundo os empresários, há uma carta sindical que determina que seus funcionários estariam ligados ao Sinteata e não aos sindicatos de aeroviários. As empresas, no entanto, parecem desconsiderar as várias decisões judiciais a favor dos aeroviários em Guarulhos e Porto Alegre, especialmente nos processos movidos contra a VitSolo, que descumpre os direitos da categoria desde que ingressou no mercado.
Diante da situação, os sindicatos acordaram com as empresas que os direitos dos trabalhadores precisam ser mantidos, através do respeito à regulamentação profissional e à Convenção Coletiva de Trabalho, inclusive em relação à jornada de 6 horas. Assim, as entidades e as empresas seguirão em negociação sobre a representatividade, sem prejudicar os trabalhadores. Dentre as combinações, ficou estabelecido que as empresas poderão depositar em juízo a contribuição assistencial, e os trabalhadores poderão optar pelo sindicato que quiserem se filiar.
O Sindicato ressalta que o objetivo maior da entidade é defender os aeroviários e seus direitos e que a mobilização deve continuar, pois praticamente nada avançou nessa reunião e as combinações não foram formalizadas. A entidade deve reunir-se nos próximos dias com a direção da Swissport para debater a situação dos trabalhadores que participaram das paralisações, uma vez que o presidente da empresa não quis debater essas questões na reunião.
Houve paralisação na Swissport na base de Guarulhos, Porto Alegre, Campinas (com apoio do Saesp), Rio de Janeiro (com apoio do Simarj), Belo Horizonte e Brasília, nos dias 4 e 8 de novembro. Até o momento, a direção da empresa só garantiu a situação dos trabalhadores em Guarulhos, e as demais bases seguem na luta para defender os direitos dos aeroviários que participaram dos protestos. Por isso, é essencial que todos continuem mobilizados, unidos e preparados para protestos conjuntos reunindo diversas bases.
Todos que atuam nessas empresas devem estar atentos para não serem enganados por promessas de pequenas vantagens, que podem por em risco direitos conquistados com décadas de luta.