Aeroviários de Porto Alegre apoiam movimento nos aeroportos e nas ruas,
em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro.
Os aeroportuários (trabalhadores da Infraero) estão em greve desde o dia 31 de julho, na luta por aumento real sobre salários e benefícios e pela manutenção dos direitos sociais, como o plano de saúde.
No final da tarde de quarta-feira (14/8), o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) foi notificado de um despacho do Tribunal Superior do Trabalho designando uma nova audiência de conciliação no dia 16, às 15 horas, sobre o dissídio coletivo.
No despacho, o TST informa que tomou conhecimento da decisão das assembleias da categoria, que rejeitaram a proposta feita pela Infraero (1,5% de aumento real em setembro desse ano e 1% em setembro de 2014 mais a aplicação do IPCA) e reafirmaram a pauta dos trabalhadores, que lutam por aumento real de 9,5% retroativo à data-base, em maio.
Assim, a greve dos aeroportuários continua, na expectativa de que haja avanço nas negociações nos próximos dias. A adesão à greve é muito grande em Porto Alegre, o que se repete nas outras bases.
O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre apoia a luta dos companheiros aeroportuários e vem acompanhando o movimento realizado no Aeroporto Salgado Filho.
A entidade também acompanhou os protestos contra a privatização dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília, em 2012. A venda desses aeroportos fez com que a Infraero perdesse parte importante dos seus recursos.
A precarização do trabalho na estatal, as terceirizações, a ameaça de corte de direitos sociais, a intransigência na campanha salarial, tudo isso é fruto do fim dos recursos oriundos dos terminais privatizados. A situação pode se agravar ainda mais com a venda do Aeroporto de Confins.
O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre é solidário à luta dos aeroportuários, assim como ao movimento dos aeronautas pela manutenção dos postos na TAM, e defende a unidade dos trabalhadores do setor aéreo para dar conta dos enormes desafios que as categorias enfrentam na aviação brasileira, como as terceirizações e a precarização do trabalho.
O fortalecimento da classe trabalhadora se dá através dessa unidade, que já se vê nas ruas de todo o país, na luta por um país mais justo e melhor.