Nos últimos anos, os brasileiros e brasileiras testemunharam a fragilidade das relações trabalhistas. Desde o governo Michel Temer (MDB), reformas e novas legislações abriram uma ferida no poder de barganha da classe trabalhadora.
Foi o que ocorreu com a Lei das Terceirizações e a Reforma Trabalhista, ambas aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionadas por um governo que, à época, visava ampliar o lucro das empresas às custas do trabalho de brasileiras e brasileiros.
Hoje, quase oito anos após a aprovação desses projetos, sentimos seus reflexos nefastos sobre os direitos de quem, de fato, move o Brasil. Vivemos um momento de clareza cristalina, em que é evidente que o verdadeiro resultado dessas mudanças não foi o prometido — mais flexibilidade ou mais empregos —, mas sim uma precarização devastadora.
Além dos efeitos da Reforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações, a pejotização é outra chaga que compromete uma parcela significativa dos postos de trabalho. Seu aspecto mais cruel aparece nas ocupações mais precarizadas, como é o caso dos entregadores de aplicativo, que frequentemente recebem valores irrisórios e não têm qualquer tipo de amparo em casos de doenças ou acidentes relacionados ao trabalho.
Um demonstrativo da força da união da classe trabalhadora foi a 2ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, realizada nesta última terça (29), em Brasília, que reuniu milhares de pessoas. No evento, que contou com manifestações democráticas por avanços nos direitos trabalhistas, foi entregue uma carta contendo a pauta da classe trabalhadora para o presidente Lula. O Sindicato esteve presente neste movimento e continuará, sempre que necessário como é neste momento, se somando para que tenhamos avanços.
Pelo retorno de uma legislação segura e confiável para a classe trabalhadora, o 1º de Maio é um chamado à união dos brasileiros e brasileiras. Somente com a unidade de todas e todos poderemos reconquistar, por meio de pressão incessante e intransigente, aquilo que é nosso por direito e nos foi tirado.
Viva a classe trabalhadora! Viva os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso Brasil!
