*Matéria alterada em 09/11/2023 às 19h50
Com o fim da Campanha Salarial 2023/2024 e a conquista do ganho real para salários e demais índices econômicos como vale refeição (VR), vale alimentação (VA), pisos salariais, multas e diárias, chega também o momento de custear toda a negociação.
Para arcar com os custos da Campanha existe a contribuição assistencial, valor de 1% de um salário base que são descontados do trabalhador nos meses de janeiro e fevereiro. Com estes valores dessa contribuição, o Sindicato paga todos os custos da Campanha Salarial, como gastos em comunicação e transporte, por exemplo.
Caso o aeroviário não queira contribuir, é necessário que entregue uma carta de oposição à contribuição assistencial, o que deve ser feito de forma presencial e individual na sede da entidade. O prazo para a entrega desta carta é de 10 dias contando da assinatura do novo termo, o que aconteceu nesta quarta (8).
Porém, neste momento em que o Sindicato conquista vitórias ao lado dos trabalhadores, a direção sindical questiona: a quem interessa que a entidade sindical não receba esses valores? Interessa ao trabalhador que o Sindicato não receba ajuda com os custos das negociações? Ou interessa aos empresários que o Sindicato esteja desamparado neste momento de negociação?
Os diretores do Sindicato colocam ainda uma segunda questão, a da consciência de classe. Se os donos das empresas são tão contrários às contribuições sindicais, porque motivo alguns trabalhadores acabam por seguirem a mesma lógica? Para a direção, é preciso entender que, assim como os empresários defendem seus interesses, os trabalhadores precisam fazer o mesmo. “Se tem uma lição que podemos aprender com os donos das empresas, essa lição não é ser contra os sindicatos, mas sim a da organização em busca dos seus interesses.