TAM apresenta ‘pacote fechado’ para o PPR 2015

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O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre reuniu-se com a direção da TAM, em 8 de outubro, para ouvir da empresa a proposta de Plano de Participação nos Resultados (PPR) deste ano. 

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A TAM apresentou o PPR, mas a proposta chega, mais uma vez, como um pacote pronto e fechado. A empresa realizou eleições e constituiu uma comissão de funcionários para avaliar o plano, mas o Sindicato, a comissão, ou os trabalhadores não poderão discutir ou propor mudanças no PPR, ou nas metas. A justificativa da companhia é de que ela não é obrigada a dividir lucros e, portanto, não há o que discutir em relação ao que está sendo oferecido.

A postura reforça a falta de diálogo da TAM com os trabalhadores. A entrega do plano quase no final do ano também impede que os trabalhadores se organizem para atingir as metas propostas pela empresa no plano. Além disso, como não são dadas condições para o Sindicato ou os trabalhadores terem acesso aos números contábeis da empresa, não é possível avaliar financeiramente a proposta. No ano passado, as metas inatingíveis levaram os funcionários a não receber o PPR.

O Sindicato irá convocar os aeroviários da TAM para que possam decidir em assembleia se aceitam ou não a proposta. Além disso, caberá à empresa ou à comissão apresentar o plano aos funcionários da companhia e tirar suas dúvidas.

O PPR da TAM prevê um pagamento de 25% a 75% de um salário, caso as metas sejam atingidas. A empresa retirou o valor mínimo de lucro, a fim de ampliar a possibilidade de todos receberem alguma quantia, de acordo com o representante da TAM Roberto Bacara.

O Sindicato solicitou à companhia que, em 2016, abra um diálogo com a entidade para uma construção conjunta da proposta, a partir do início do ano, para que os trabalhadores tenham condições de se planejar para atingir suas metas.

RAMPA – Na reunião, o Sindicato levou à empresa a reivindicação dos aeroviários que atuam na Rampa e pedem armários individuais para poder guardar itens pessoais, uniformes e EPIs. Como hoje eles não dispõem desses armários, a maioria leva esses itens, inclusive os EPIs, para casa todos os dias, já que são responsáveis por repor o material em caso de extravio. A TAM disse que irá analisar a reivindicação e dar uma resposta com brevidade, provavelmente adquirindo novos armários. O Sindicato seguirá atento até a solução deste caso.

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