Trabalhadores da aviação estão prontos para a greve no dia 22

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Aéreas oferecem 6,5% de aumento, com apenas 0,17% de ganho real, e índice é rejeitado

Em reunião de negociação da campanha salarial, no último dia 12, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) ampliou sua proposta de reajuste salarial de 6,33% (igual à inflação) para 6,5%, o que significaria um aumento real de apenas 0,17%.

Para a cesta básica e vale refeição, a nova proposta das aéreas é de 7% de aumento. As empresas não aceitaram nenhuma reivindicação de alteração da CCT, seja a melhora da redação de alguns itens, a criação de pisos ou a ampliação de direitos sociais.

O Sindicato diz que a proposta das aéreas é inaceitável e defende que as empresas têm condições de aumentar esse índice. Os sindicatos de aeroviários e aeronautas decidiram, nesta quarta-feira (14/01), em assembleia, em várias localidades do país, a posição das categorias e as próximas ações da campanha salarial.

Em Porto Alegre, os trabalhadores aprovaram reduzir o pedido de aumento de 9% para 8,5%. Na assembleia, a categoria também confirmou a aprovação da contribuição assistencial de 2% (em duas parcelas mensais de 1%).

A falta de sensibilidade das empresas, desrespeitando mais uma vez a data-base de 1º de dezembro, deve gerar novas paralisações nos aeroportos. Os aeronautas, por exemplo, estão em estado de alerta (prontos para uma greve) desde 7 de janeiro. Nesta quinta-feira (15/01), o Sindicato Nacional de Aeronautas divulga na imprensa (jornal, rádio e tevê) um comunicado informando à população sobre a paralisação prevista para o dia 22 de janeiro, em vários aeroportos do país.

Na sexta-feira (16), há nova rodada de negociação com o SNEA, às 14 horas, em São Paulo.

Os dados reunidos pela Fentac sobre o setor aéreo são positivos: a demanda operacional do transporte de passageiros cresceu 5,33% no Brasil, nos últimos 12 meses, de acordo com a Anac. Em 2014, foram transportados 121,6 milhões de passageiros, ante 115,2 milhões em 2013. O setor é também um dos únicos no país com crescimento importante: é o que mais cresce na economia depois do setor financeiro.

A produtividade teve avanço de 6,3% em 2014 e, nos últimos 10 anos, a aviação civil no Brasil acumula um crescimento de mais de 200%. Contrastando com isso, somente em 2006, 2009 e 2013, aeroviários e aeronautas conquistaram ganho real acima de 1%.

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