Aconteceu nessa terça-feira (24/10), em São Paulo, a segunda rodada de negociação da campanha salarial unificada de aeroviários e aeronautas com representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).
Na rodada, as empresas aéreas apresentaram como contraproposta de reajuste salarial apenas a reposição da inflação, cujo acumulado de 12 meses deverá somar 2,16%, de acordo com estimativas do IBGE. Em resposta, os representantes dos trabalhadores defenderam a pauta de 5% de reajuste e afirmaram ao SNEA que sua contraproposta é insuficiente e injustificada, já que um levantamento do Dieese aponta para um forte desempenho neste ano da aviação. “Vamos continuar a luta por 5% de reajuste”, frisou o secretário-geral da Fentac/CUT e diretor do Sindicato de Aeroviários de Porto Alegre, Celso Klafke.
De acordo com o Dieese, nos últimos seis anos, os aeroviários e aeronautas só tiveram 1% de ganho real, enquanto o crescimento da demanda foi de 30% e, da produtividade, de mais de 40%. “Houve um aumento forte da demanda, ao mesmo tempo em que houve muitas demissões, o que ampliou a produtividade do setor aéreo como um todo. Por isso, somente o INPC não é suficiente” pontuou Camila Ikuta, técnica do Dieese.
Sobre as cláusulas sociais, o SNEA solicitou que seja entregue uma pauta única da Fentac/CUT e FNTTA à entidade patronal. Os sindicatos irão encaminhar o documento até o dia 27.
Sobre o pedido de que a data-base seja garantida em ata, o representante do SNEA disse que o sindicato patronal aceita assinar um termo de garantia desde que estabeleça que a CCT poderá ser prorrogada somente até 1º de março de 2018. A posição dos trabalhadores foi de não discutir esse termo até, pelo menos, 21 de novembro, e buscar um consenso nas negociações antes da data-base (1º/12). As próximas rodadas estão agendadas para 31 de outubro, 7 e 21 de novembro.