Interdições poderiam ter sido evitadas

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O Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre esclarece que, em relação à interdição do TPS2 do Aeroporto Salgado Filho, o terminal da Azul, a responsabilidade pela medida é dos gestores do Aeroporto e da companhia aérea. O Sindicato solicitou reuniões com a Infraero inúmeras vezes para conversar sobre os problemas que levaram à interdição. Em uma dessas reuniões, na presença de representantes do SESMT da Azul, a resposta da estatal foi de que eles não iriam investir nessas melhorias.
Devido ao acidente com o raio que atingiu os aeroviários da TAP ME, devido ao descumprimento do que foi orientado pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) – que determinou que, em caso de temporal e raios, deveriam ser suspensos quaisquer procedimentos com aeronaves – a fiscalização voltou ao Aeroporto, em força tarefa, onde constatou todas as irregularidades que levaram à interdição.

Assim, a irresponsabilidade é dos gestores das empresas, que agora querem colocar a culpa nos trabalhadores e no Sindicato. Eles recebem altos salários, precarizam o ambiente de trabalho, colocam em risco a saúde e a integridade dos funcionários, e por consequência a dos passageiros, e agora ameaçam os aeroviários com demissões.
O discurso de imputar a culpa dos prejuízos causados pela interdição no Sindicato e nos trabalhadores é característico de pessoas que não têm capacidade de administrar sequer as relações humanas na empresa. E ameaçam de demissão os que realmente produzem e mantém a empresa em funcionamento no mercado, atendendo os clientes da melhor forma possível, mesmo em condições precárias e desumanas: nós, trabalhadores.
Isso é assédio moral coletivo e estamos atentos. E se ele continuar, a força tarefa irá compreender o que está acontecendo e tomará as medidas necessárias.

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