Aeroviários e aeronautas mantêm luta por reajuste e respeito à data-base

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Os sindicatos de aeroviários, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e a Fentac/CUT participam de audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na próxima quarta-feira (17/2), para tratar da campanha salarial com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).

A audiência foi agendada após a realização da greve parcial, das 6 às 8h, no dia 3, em doze aeroportos do país, incluindo Porto Alegre.

O objetivo do TST é mediar um acordo que leve à renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e, assim, evite outras greves nos aeroportos. Como de costume, a Justiça já acatou pedido de liminar do SNEA, limitando em 20% o número de trabalhadores que podem participar da greve.

O movimento paredista realizado no dia 3, no entanto, não descumpriu essa determinação. A greve parcial, de apenas duas horas, gerou diversos atrasos na malha aérea, num efeito em cascata. Há informações de que, dos 399 voos (pousos e decolagens domésticas e internacionais) previstos para acontecer naquele horário, 22% tiveram que ser cancelados e 48% sofreram atrasos.

Assim, os sindicatos cutistas estão preparados para convocar nova greve, se necessário, para avançar nas negociações com as aéreas.

“Não vamos nos calar, não podemos deixar que as aéreas achatem ainda mais nossos salários. Precisamos seguir na luta por melhores condições de trabalho, incluindo maior atenção à saúde e segurança dos trabalhadores”, destaca o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre. “Se os peritos do INSS e os rodoviários podem realizar greve por melhores salários, por que os aeroviários e os aeronautas não podem”, questiona a entidade.

Os sindicatos de aeroviários e o SNA, junto com a Fentac/CUT, estão em campanha salarial desde  setembro do ano passado, quando apresentaram a pauta de reivindicação às companhias aéreas, que incluía a reposição da inflação mais ganho real. A luta continua pela garantia da reposição integral da inflação, respeitando a data-base (1º/12). Os sindicatos de aeroviários ligados à FNTTA, vinculada à Força Sindical, também mantém suas negociações com o mesmo objetivo: garantir 11% de aumento retroativo à data-base.

O SNEA passou meses (de setembro a janeiro) oferecendo zero % de aumento. Depois sugeriu um abono (que não seria incorporado ao salário) e, agora, oferece reajuste parcelado nos salários, aquém da inflação do período (devido ao escalonamento) e sem retroatividade à data-base.

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