Aeroviários e aeronautas avaliam como vitoriosa a greve de 2h realizada hoje em doze aeroportos do país

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Aeronautas e aeroviários realizaram greve, esta manhã, das 6 às 8h, em doze aeroportos do país, como forma de pressionar as empresas aéreas a avançar nas negociações salariais. Em Porto Alegre, nenhum voo decolou nesse período. A consequência da greve, em todo país, será o atraso da maioria dos voos, num efeito em cascata, afetando toda a malha aérea no dia de hoje. De acordo com os sindicalistas, todas as exigências legais foram cumpridas, inclusive em relação à liminar despachada ontem (2/2), que limitou a greve a 20% do efetivo.

Após a greve, os aeronautas reuniram-se em assembleia e definiram suspender o movimento paredista até o dia 11 de fevereiro. A expectativa é de que, até lá, seja possível avançar nas negociações com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). A decisão foi tomada após contato do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), quando os trabalhadores solicitaram aos órgãos que realizem nova audiência de mediação com as empresas aéreas, até o dia 10 de fevereiro, visando um acordo que evite novos protestos nos aeroportos.

Se não houver avanços, já está programada assembleia de aeronautas e aeroviários no dia 11, para determinar nova greve no dia 12. A campanha salarial é unificada e coordenada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil, que reúne os sindicatos cutistas de aeroviários e o SNA.

O objetivo dos trabalhadores é garantir a reposição da inflação do período (de dezembro de 2014 a dezembro de 2015), retroativa à data-base (1º de dezembro), através de um reajuste de 11%. As aéreas, no entanto, oferecem reajuste parcelado (que ficaria abaixo da inflação, levando-se em consideração as datas propostas) e desconsideram a data-base, o que não é aceito por nenhuma das duas categorias.

Esta manhã, houve greve das 6h às 8h em doze aeroportos: Porto Alegre (RS), Congonhas, Campinas e Guarulhos (SP), Santos Dumont e Galeão (RJ), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Recife (PE), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Brasília (DF). Os tripulantes não assumiram seus postos nas aeronaves e reuniram-se com os aeroviários (que atuam em terra) nos saguões dos terminais, onde permaneceram unidos e mobilizados, e comunicaram à população o motivo da greve.

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(Imagens: Kalinka K./Sindicato dos Aeroviários POA)

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